BREVE INCURSÃO NA POESIA ORAL, NA LITERATURA E NA SUA RELAÇÃO COM A PRESENÇA DA ORALIDADE EM ILÍADA E ODISSEIA DE HOMERO
DOI:
https://doi.org/10.55391/2676-0118.2022.2607Palavras-chave:
Oralidade, Literatura, Escrita, Ilíada, Odisseia, HomeroResumo
A literatura escrita tem raízes na Poesia Oral. As histórias orais foram transmitidas pela música e pelo papel. Após o registro oral das narrativas, o processo civilizatório passou a supervalorizar o registro escrito. A Poesia Oral e a oralidade não deixaram de possuir seu valor estético, humano e cultural. Este ensaio se debruça em três momentos distintos. No primeiro momento, destacamos a evolução da tradição literária desde o seu passado até a atualidade. No segundo momento, apresentamos e debatemos com autores que percebem a presença da Poesia Oral e de suas características nos romances escritos. No terceiro momento, apresentamos autores que identificam a presença de características da oralidade e da transmissão oral em Ilíada (2005) e Odisseia (2003) de Homero.
Política de acesso aberto padrão Diamante (Diamond Road Open Access).
Referências
ARISTÓTELES. Poética. 2. ed. Tradução de Eudoro de Sousa. Brasília: Imprensa Nacional; Casa da Moeda, 1990. (Série Universitária Clássicos de Filosofia).
_____. A poética clássica: Aristóteles, Horácio, Longino. 7. ed. Tradução de Jaime Bruna. São Paulo: Cultrix, 1997.
BENJAMIN, W. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: _____. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. 3. ed. Tradução de Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 197-221.
CABRAL, J. F. P. Odisseia de Homero. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/odisseia-homero.htm. Acesso em: 11 dez. 2021.
CHARTIER, R. Do palco à página: publicar teatro e ler romances na época moderna – séculos XVI-XVIII. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2002.
DE BROSE, R. Oralidade e poesia oral: paradigmas para a definição de uma oratura grega. Conexão Letras, v. 15, n. 24, Porto Alegre, jul-dez. 2020, p. 81-106.
HAVELOCK, E. A antiga arte da poesia oral. In: _____. A revolução da escrita na Grécia e suas consequências culturais. Tradução de O. J. Serra. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996, p. 222-231.
_____. A poesia como comunicação conservada. In: _____. Prefácio a Platão. Tradução de Enid Abreu Dobránzsky. Campinas: Papirus, 1996, p. 53-78.
HOMERO. Odisseia. Tradução de Frederico Lourenço. Lisboa: Cotovia, 2003.
_____. Ilíada. Tradução de Frederico Lourenço. Lisboa: Cotovia, 2005.
ONG, W. J. Oralidade e cultura escrita: a tecnologização da palavra. Tradução de Enid Abreu Dobránszky. Campinas: Papirus, 1998.
PARRY, A. The language of Achilles and other papers. Oxford: Oxford University Press, 1989.
PLATÃO. A república. 7. ed. Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993.
THOMAS, R. Literacy and orality in Ancient Greece. Cambridge: Cambridge University Press, 1992.
ZUMTHOR, P. A letra e a voz. Tradução de Amalio Pinheiro e Jerusa Pires Ferreira. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
_____. Tradição e esquecimento. Tradução de Jerusa Pires Ferreira e Sueli Fenerich. São Paulo: Hucitec, 1997.
_____. Performance, recepção, leitura. 2. ed. Tradução de Jerusa Pires Ferreira e Sueli Fenerich. São Paulo: Cosac & Naify, 2007.
_____. Introdução à poesia oral. Tradução de Jerusa Pires Ferreira, Maria Lúcia Diniz Pochat e Maria Inês de Almeida. Belo Horizonte: UFMG, 2010.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
A revista permitirá que os autores retenham os direitos autorais e de publicação de seus artigos sem restrições.
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution 3.0 .